A cidade de Lisboa deu mais um passo na corrida a Capital Europeia da Inovação 2023 ao ser escolhida como uma das seis semifinalistas desta distinção atribuída pela Comissão Europeia. A capital portuguesa concorre agora ao galardão com mais duas cidades ucranianas – Kiev e Lviv -, duas turcas – Istambul e Basaksehir -, e uma polaca, Varsóvia.

Lançado em 2014, o prémio distingue os municípios que contribuem para ecossistemas de inovação inclusivos, abertos e dinâmicos, envolvendo os cidadãos, o setor público, o ensino e as empresas, e que utilizem a inovação para melhorar a sustentabilidade das suas cidades. O vencedor recebe um milhão de euros, enquanto os outros dois finalistas têm direito a 100 mil euros cada.

A candidatura lisboeta, apresentada com o título Lisboa Unicorn Capital, assenta na ideia de cidade enquanto “casa e espaço para todos os que acreditam, arriscam e inovam, empreendem e procuraram tornar possível o impossível, contribuindo, ao mesmo tempo, para a melhoria da qualidade de vida da comunidade”, diz um comunicado da autarquia. Para isso, o município entregou ao júri um dossiê com o trabalho desenvolvido até ao momento, nomeadamente nas áreas do ambiente, cultura, economia e mobilidade.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, esta escolha reflete a aposta da cidade em se afirmar como uma Fábrica de Unicórnios: “A inovação é algo fundamental para o crescimento, competitividade e desenvolvimento da nossa sociedade. Lisboa é hoje um palco reconhecido na área da inovação e que tem tido uma enorme capacidade de atrair empresas e profissionais de todo o mundo. Fazer parte desta seleção da Comissão Europeia é a prova e o reconhecimento de um trabalho intenso que tem sido feito para estar na linha da frente e colocar Lisboa como cidade da inovação”.

Além do prémio “Capital Europeia da Inovação (European Capital of Innovation), dedicado a cidades com mais de 250 mil habitantes, a iniciativa conta também com a categoria “Cidade Inovadora em Ascensão” (Rising Innovative City), esta para cidades e vilas com mais de 50 mil habitantes e menos de 250 mil. Neste caso, as semifinalistas escolhidas foram Bruges (Bélgica), Cork (Irlanda), Leiden (Países Baixos), Linköping (Suécia), Linz (Áustria) e Pádua (Itália). Destas, a vencedora irá receber 500 mil euros e as outras duas finalistas 50 mil euros.

Para já, as semifinalistas dos dois galardões irão apresentar argumentos numa audição privada com os membros do júri, realizada entre setembro e outubro. Este irá, então, selecionar três cidades finalistas em cada categoria, enquanto o anúncio das vencedoras está marcado para 27 de novembro durante uma cerimónia realizada em Marselha, a vencedora do prémio em 2022 (Aix-Marseille-Provence Metropole). Nos anos anteriores foram eleitas Dortmund (2021), Leuven (2020), Nantes (2019), Atenas (2018), Paris (2017), Amesterdão (2016) e Barcelona (2014). Lisboa esteve entre as finalistas em 2018.

Já Vantaa (Finlândia) foi eleita como Cidade Inovadora em Ascensão no ano de estreia desta categoria (2021), enquanto Haarlem (Países Baixos) venceu-a em 2022.

Fotografia de destaque: © CM Lisboa